Cândido Teles - Moliceiros, 2000 - Serigrafia nº41/200 - 35x100cm (mancha: 28x84,5cm)
Cândido Teles
Nasceu em Ílhavo, a 1 de janeiro de 1921 e faleceu a 31 de outubro de 1999. Enquanto frequentava o Liceu Nacional José Estevão (1932-1937), obtém duas menções honrosas com aguarelas com o tema “Flores” e começa a despertar para a pintura de Fausto Sampaio (pintor de Anadia). Em 1939 é apresentado a este artista começando acompanhá-lo nas suas sessões de pintura e recebendo ensinamentos dele. Nos dois anos seguintes, na Universidade de Coimbra, faz os preparatórios para a Academia Militar (então designada Escola do Exército), onde ingressa, em 1941, para frequentar o Curso de Infantaria.
Realizou dezenas de exposições individuais, das quais se destacam as retrospetivas “30 Anos de Pintura” no Museu de Évora (1969) e “40 Anos de Pintura” no Museu de Aveiro (1979).
Juntamente com outros artistas locais de renome ajudou a fundar o Movimento artístico “Aveiro-Arte”, em 1971.
Em 1977 foi convidado pelo Presidente Geral da Cruz Vermelha de então, para reativar a ação da Cruz Vermelha no distrito de Aveiro, tornando-se Presidente da Delegação em regime de voluntariado. Em 1990 é designado Presidente Honorário, tendo sido condecorado com a “Cruz Vermelha de Benemerência”. Já em 1993, foi agraciado com a medalha de Mérito Cultural Internacional pelo Lyons Club Santa Joana Princesa de Aveiro.
Dois anos depois, foi condecorado pelo Chefe de Estado com o grau de Oficial da Ordem de Santiago da Espada, por mérito artístico.
A sua obra é indissociável do seu trajeto e dos seus lugares. Pintor autodidata, experimentou técnicas muito diversas e procurou representar universos distintos, numa atenção permanente à renovação das tendências e registos estéticos. Apesar de muitos outros aspetos de relevo, identifica-se na região como um grande pintor da Ria, da Costa Nova e das suas fainas marítimas e lagunares.